A origem da tradição das Maias perde-se no tempo e pode ter várias explicações:
Segundo alguns, a Maia era uma boneca de palha de centeio, em torno da qual havia danças toda a noite do primeiro dia de Maio. Por vezes, podia ser também uma menina de vestido branco coroada com flores, sentada num trono florido e venerada, todo o dia, com danças e cantares. Esta festa, de reminiscências pagãs, foi proibida várias vezes, como aconteceu em Lisboa no ano de 1402, por Carta Régia de 14 de Agosto, onde se determinava aos Juízes e à Câmara `que impusessem as maiores penalidades a quem cantasse Mayas ou Janeiras e outras coisas contra a ley de Deus...`.
Ainda segundo outros, o nome do mês de Maio terá tido origem em Maia, mãe de Mercúrio, e a ele está ligado o costume de enfeitar as janelas com flores amarelas.
Seja como for, todos estes rituais pagãos estavam ligados ao rito da fertilidade para com o novo ciclo da natureza, à celebração da Primavera ou ao início de um novo ano agrícola. Mais tarde, houve necessidade de lhe incutir algum sentido religioso, promovendo a sua ligação à Festa da Santa Cruz ou ao Corpo de Deus.
Em Viana do Castelo, integrada nas actividades do Mês de Maio, estão expostas coroas nas varandas da Praça da República, oferecidas pelas Juntas de Freguesia.
Constatámos que também se encontra, junto à Pastelaria Caravela, a coroa oferecida pela Junta de Freguesia de Santa Marta de Portuzelo.
Por Santa Marta de Portuzelo