POR SANTA MARTA DE PORTUZELO

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Artigo de Opinião - PALESTRAS SOBRE O RIO LIMA (2)

Durante três semanas, sempre à sexta-feira, publicamos um artigo redigido pelo Sr. Luis Gonzaga sobre o tema: Palestras sobre o Rio Lima.
Ilustre Santamartense, aposentado, antigo Presidente da Junta de Santa Marta de Portuzelo, tem dedicado muitas horas do seu tempo na invertigação de vários assuntos. Por Santa Marta de Portuzelo reconhece o seu investimento pessoal e procura divulgar o que de melhor se produz nas várias árias do saber e conhecimento.

2ª Parte (de 3)
PALESTRAS SOBRE O RIO LIMA
EFECTUADAS POR: LUÌS GONZAGA PARENTE RIBEIRO MOREIRA

Sabe-se que alguns advogados chegavam a pedir cinco Clepsidras ao Juiz, o que demonstra que os juristas da época detinham a mesma verborreia dos actuais. Imagine-se quantas clepsidras não pediria Fidel de Castro, quando era mais novo e em grande forma. TODA A ÁGUA DO PLANETA, caberia numa esfera, colocada em cima da Europa, com cerca 1400 milhões de quilómetros cúbicos, distribuídos da forma seguinte: ÁGUA SALGADA, 97,5%; ÁGUA DOCE, 2,5%. Esta percentagem de água doce corresponde a 68,9% de glaciares e terras cobertas de gelo; 30,8%, de água subterrânea e 0,3%, do total de água contida em lagos, barragens, pântanos e rios. Dever-se-á referir que por causa do aquecimento global a quantidade acima referida de gelo está a diminuir dia-a-dia, aumentando por sua vez a água em estado líquido, principalmente a existente nos oceanos. À escala global, 1100 milhões de pessoas não têm acesso a água potável. Mais de 2 milhões de crianças e de outros escalões etários a viverem em países subdesenvolvidos morrem, por ano, devido à escassez de água potável e também por falta de higiene. Consideramos, ainda, muito pertinente introduzir nesta temática alguns conhecimentos sobre as alterações climáticas que directa ou indirectamente afectam tremendamente a temperatura do ambiente, em geral e, muito particularmente, a temperatura de toda a água, com implicações muito gravosas na sobrevivência da fauna e da flora e das gerações futuras da espécie humana. No primeiro ponto da ordem de trabalhos da Agenda Mundial está em discussão o Aquecimento Global, que, como toda a gente deve saber, tem origem na queima dos COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS (petróleo, carvão, gás natural e outros), mais conhecidos por HIDROCARBONETOS (hidrogénio e carbono como componentes principais), responsáveis, quase exclusivos, pela emissão de gases, com efeito de estufa, com particular relevo para o chamado CO2. Este gás, composto por 2 átomos de oxigénio e 1 de carbono, contribui de uma forma esmagadora para o engrossar do cobertor colocado na atmosfera que, por um lado, deixa passar os fotões (quanta de luz) para a superfície terrestre e, por outro lado, por estranho que pareça, não deixa que os mesmos sejam devolvidos ao espaço exterior ou vácuo, resultando daí o fenómeno de reflectividade e o aumento cada vez maior da temperatura global. Cabe aqui explicar em termos científicos o significado de ALBEDO (33% de reflexão da luz originária dos pólos e glaciares), fenómeno esse indispensável ao equilíbrio da temperatura do nosso planeta. Todo o ser vivo vegetal ou animal vive entre limites. Por exemplo: a flor margarida não germina abaixo dos 5 graus abaixo de zero e morre acima dos 40 graus. A vida para ela em termos ideais seria ter uma temperatura média à volta dos 20 graus. Da mesma maneira, nenhum homem conseguiu viver abaixo dos 27 graus ou acima dos 44 graus (temperatura corporal) do que resulta uma temperatura média de 35,5 graus. Por curiosidade, também, devemos esclarecer que a atmosfera contém cerca de 21% de oxigénio. Se existisse, por exemplo, somente 15%, não conseguíamos acender qualquer fósforo ou acender uma fogueira e, se existisse, por exemplo, 25% de oxigénio na mesma atmosfera, somente mais 4%, não ficava nenhuma árvore de pé ou toro que não ficasse em cinzas.



Por Santa Marta de Portuzelo