Quinta de Vale Flores: situada no Lugar de Samonde, na Rua com o mesmo nome, logo a seguir à passagem superior sobre a A27.
QUEM BATER AO MEU POSTIGO
QUEM BATER AO MEU PORTÃO
NÃO BATE SÓ A UMA PORTA
MAS TAMBÉM A UM CORAÇÃO
António Corrêa d'Oliveira
António Corrêa d’Oliveira (São Pedro do Sul, 1878 — Antas, Esposende, 1960) foi um poeta português. Estudou no seminário de Viseu, indo depois para Lisboa onde trabalhou como jornalista no Diário Ilustrado. Tendo casado com uma rica proprietária minhota, fixa-se na freguesia de Antas, concelho de Esposende, indo viver para uma quinta, ainda hoje existente, chamada Casa de Belinho. Devido a esta relação com o concelho de Esposende a antiga escola preparatória da cidade chama-se Escola EB 2 e 3 António Correia de Oliveira.
Grande poeta neogarrettista, foi um dos cantores do Saudosismo, juntamente com Teixeira de Pascoaes e outros. Ligado aos movimentos culturais do Integralismo Lusitano e da revista Águia, Atlântida, Ave Azul e Seara Nova.
Convictamente monárquico, transforma-se num dos poetas oficiosos do Estado Novo, com inúmeros textos escolhidos para os livros únicos de língua portuguesa do sistema de ensino primário e secundário. Foi o primeiro Português a ser nomeado para o prémio Nobel em 1933, sendo o português com maior número de nomeações (15). A própria concorrente vencedora, a chilena Gabriela Mistral que desempenhara as funções de Adido Cultural em Lisboa, declarou publicamente, no acto solene, que não merecia o prémio, estando presente o autor do “Verbo Ser e Verbo Amar”.
Por Santa Marta de Portuzelo