POR SANTA MARTA DE PORTUZELO

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Viana: Patrão da Milopos confirma às trabalhadoras fecho da empresa, 90 pessoas vão para o desemprego


A Rádio Geice, na edição de quarta-feira, refere-se à situação laboral por que está a passar a fábrica de confecções Milopos, conhecida por TEBE, em Santa Marta de Portuzelo.
Conforme notícias que iam correndo durante o mês de Agosto tudo fazia acreditar que a empresa não abriria portas agora em Setembro. A reabertura está agenda para segunda-feira, dia 19, e o que está em causa é o emprego de cerca de 90 trabalhadores.
Passamos a transcrever a notícia da Geice:

Esta tarde (quata-feira), cerca de duas dezenas de funcionárias da Milopos, Indústria de Malhas de Santa Marta de Portuzelo, vieram até à União de Sindicatos de Viana do Castelo para saberem “qual vai ser o futuro da empresa”. Segundo as funcionárias, o patrão disse que a empresa “vai fechar as portas”, atirando mais de 85 pessoas para o desemprego. Ainda não foi declarada a insolvência mas o futuro adivinha-se negro para as mulheres da indústria de malhas. Salários em atraso são outra das queixas das funcionárias.
 Branco Viana, coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo, diz que as trabalhadoras têm de se apresentar ao trabalho no dia 19 de Setembro, próxima segunda-feira. Neste momento, ainda estão de férias. O fecho da empresa foi anunciado mas, por agora, o pedido de insolvência ainda não foi efectuado. O responsável diz ainda que falta esclarecer muita coisa, até porque foi prometido um novo trabalho, numa outra empresa do mesmo patrão, a algumas trabalhadoras. Algum material já pode ter saído da empresa mas, para as funcionárias, o cenário continua incerto. A Milopos, em Santa Marta de Portuzelo, deve encerrar em breve. Quase 90 trabalhadoras perdem o seu posto de trabalho."
Na edição de ontem o DN relatava o seguinte:
"Os trabalhadores da Milopos começaram as férias a 16 de Agosto e receberam entretanto a informação da administração que deverá avançar para um processo de insolvência. Apenas 30 funcionárias seriam colocadas numa outra unidade e as restantes despedidas", disse hoje à Lusa o sindicalista Manuel Sousa.
Segundo o responsável pelo Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, as trabalhadoras daquela têxtil, instalada em Santa Marta de Portuzelo, relatam que "durante as férias" foram "retirados do interior da fábrica material e equipamento".
"A somar a tudo isto, a administração informou que muito provavelmente não haveria, na segunda-feira, em que supostamente regressam ao serviço, dinheiro ou sequer trabalho", sublinhou Manuel Sousa.
A empresa detém uma outra unidade fabril em Fontão, Ponte de Lima, mas a de Viana do Castelo, que se dedica à confecção de malhas, funciona há mais de trinta anos e já teve outras administrações. A unidade de Viana do Castelo, diz o sindicato, apresenta "há algum tempo" uma situação financeira "débil".
"Depois do anúncio verbal que foi feito pela administração aos trabalhadores, da retirada de material e dos salários de Julho e Agosto, além do subsídio de férias, em atraso, só podemos esperar o pior", acrescentou Manuel Sousa.

Por Santa Marta de Portuzelo