POR SANTA MARTA DE PORTUZELO

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Artigo de Opinião - PALESTRAS SOBRE O RIO LIMA (1)

Durante três semanas, sempre à sexta-feira, publicamos um artigo redigido pelo Sr. Luis Gonzaga sobre o tema: Palestras sobre o Rio Lima.
Ilustre Santamartense, aposentado, antigo Presidente da Junta de Santa Marta de Portuzelo, tem dedicado muitas horas do seu tempo na invertigação de vários assuntos. Por Santa Marta de Portuzelo reconhece o seu investimento pessoal e procura divulgar o que de melhor se produz nas várias árias do saber e conhecimento.

1ª Parte (de 3)
PALESTRAS SOBRE O RIO LIMA
EFECTUADAS POR: LUÌS GONZAGA PARENTE RIBEIRO MOREIRA

Antes de entrar propriamente no assunto em epígrafe, achamos oportuno introduzir e esclarecer alguns conceitos, relacionados com esta temática, realçando a relação existente que os rios têm, no conjunto do nosso Planeta. GAIA é uma palavra Grega que significa a Deusa Terra, a qual, do ponto de vista de muitos geólogos e biólogos, se assemelha a um SER VIVO, tendo em conta a sua dinâmica e a interligação que possui com todos os seus sistemas. Em termos comparativos, podemos afirmar que as florestas não são mais senão os pulmões do nosso planeta, tendo as plantas a função de "poluir" a atmosfera com oxigénio, contrariamente aos animais que "poluem" a atmosfera com dióxido de carbono, vulgo Co2. Como se verifica, a "poluição" produzida por uns passa a ser o "alimento" dos outros. De modo semelhante, podemos dizer que a água existente nos oceanos, nos rios, nos lagos e noutros locais, corresponde ao sangue que circula no nosso organismo. O mar tem a função de um coração, com o aurículo a receber o sangue proveniente dos rios, do degelo dos glaciares e das chuvas, e o ventrículo com a função de devolver aos mesmos rios, ribeiros, lagos, canais freáticos e glaciares, o mesmo "sangue" através da evaporação. Em termos comparativos os rios, corresponderão às artérias, e os ribeiros, aos vasos capilares. O nosso organismo é composto por 70% de água, o que significa que para haver vida tem que haver água, sendo portanto o elemento químico mais importante do nosso Planeta. Por sermos constituídos, como atrás referimos, por aquela grande percentagem de água, é fácil, pois, explicar porque é que nós gostamos de dar mergulhos no Rio Lima e consequentemente adoramos estar debaixo de um chuveiro ou noutro qualquer local onde haja água. Esse prazer físico tem a ver também com o nosso crescimento e desenvolvimento na bolsa de água existente no ventre materno. O bebé, mal nasce, começa a chorar, por ter "saudades" de abandonar a água contida na bolsa, onde viveu por norma 9 meses. A água, como é sabido, é uma substância extraordinária, que se traduz e consiste numa molécula triatómica, composta por um átomo de oxigénio, com o símbolo químico O, e dois átomos de hidrogénio, com o símbolo químico H, sendo por conseguinte representada ou simbolizada por OH2. Pensa-se, segundo estudos que ainda decorrem, serem necessárias, no mínimo, o conjunto de seis moléculas para ocorrer o acto de molhar. Henry Cavendish, nascido em 1731, na cidade de Nice, em França, foi o primeiro homem a decompor a água em oxigénio e hidrogénio. A água pode-se dizer que está por todo o lado. Na atmosfera, em forma de vapor, produto da sua evaporação, produzida pelo calor, causado pelos fotões emitidos pelo sol. É fácil encontrá-la nos oceanos, rios, lagos e no subsolo, em estado líquido e por fim nos Pólos Norte e sul, em forma de gelo. Como nos ensina a Lei de Lavoisiér, "na natureza nada se perde, nada se cria e tudo se transforma", significando, portanto que a água existente no nosso Planeta em estado líquido, gasoso e sob a forma de gelo, é sempre a mesma. Contrariamente ao que alguma gente julga, toda a água existente nos rios tem a sua origem na precipitação sob a forma de chuva. Na civilização Grega, 350 anos antes de Cristo, a água foi utilizada como medidora de tempo através de relógios chamados CLEPSIDRAS. Mais tarde, esses mesmos "relógios" continuaram a ser utilizados pela civilização romana, que serviam como medidores de tempo, nos tribunais. Tratava-se de dois recipientes de pedra, colocado um por cima do outro, tendo o de cima determinados furos, que deixavam passar a água para o de baixo, a uma velocidade constante, fixando, quando se esgotava, um determinado período de tempo, que era dado como disponível aos advogados das partes que chegavam a atingir períodos de 20 minutos.



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