Cada
homem é diferente, é único, mas somos todos iguais, é assim na cor da pele, na
dor e na alegria, na riqueza e na pobreza, mais solidários e generosos ou
fechados no nosso egoísmo.
É
assim a vida, é assim a sociedade, em que a “justiça” é injusta ao tornar muito
diferente aquilo que à partida é igual, é verdade que foi sempre assim, embora
hoje esse sentimento seja mais forte, pelas circunstâncias em que vivemos, em
que muitas famílias não têm o mínimo essencial para uma vida digna que lhe
permita a nível emocional o equilíbrio indispensável para que se sinta feliz.
Do
escritor Francês Georges Braque, cito “a verdade existe, apenas se inventa a
mentira”, não valerá a pena esconder o que é evidente, saber partilhar do pouco
(ou muito) que temos, quer em termos materiais, sempre muito importante mas
também em termos de companhia, porque a solidão, é em muitas situações, muito
mais penosa, que a questão material.
E
aqui não resisto a mais uma citação, esta do Dr. Bagão Felix “a medida moral da
política e da economia passa muito pelo modo como são tratadas as crianças e os
mais velhos”.
Sem
esquecer que nada é igual para todos, vamos procurar viver a quadra natalícia
em festa familiar, em que o frio do Natal junta as famílias à volta da lareira
e da mesa em alegres convívios, em que o mais importante não é o recheio das
travessas nem a troca de presentes. Mais importante que o presente é o momento
de partilha e o testemunho do carinho e do amor que uns sentem pelos outros.
Que
no imaginário de cada um continue a figura generosa do Pai Natal e da estrela
que nos orienta como a grande razão de ser da festa natalícia – o nascimento do
menino Jesus.
É
com este espírito de racionalidade em relação ao momento que desejo a todos um
Feliz e Santo Natal e que 2012 vá de encontro àquilo que cada um anseia e
permita aos portugueses ter esperança no futuro.
Carlos Antunes
Por Santa Marta de Portuzelo